VÁ E VEJA - IDI I SMOTRI - 1985 - DIREÇÃO ELEM KLIMOV - ALEXEI KRAVCHENKO, OLGA MIRONOVA, LIUBOMIRAS LAUCEVICIUS - RMVB LEGENDADO

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CINEMA RUSSO
VÁ E VEJA
IDI I SMOTRI
1985
DIREÇÃO ELEM KLIMOV
ALEXEI KRAVCHENKO
OLGA MIRONOVA
LIUBOMIRAS LAUCEVICIUS
RMVB LEGENDADO
BY SSRJ


Sinopse:

Como fazer para transformar um insistente sorriso ingênuo na mais pura e igualmente insistente expressão de pavor? Como fazer para transformar um jovem e saudável aldeão da Bielorrússia num precoce veterano de guerra? Como fazer para transformar cenas oníricas como bailados sob o arco-íris em cenas de pesadelo com multidões sendo chacinadas sem chance de defesa? As respostas a estas e outras perguntas podem ser encontradas no elogiado e premiado filme soviético Vá e Veja (Idi i smotri), de 1984, dirigido por Elém Klimov - o mesmo de Agonia (Agoniya).
Florya Gaishun (interpretado pelo estranho Aleksei Kravchenko) é um garoto russo como tantos outros que, no auge da Segunda Grande Guerra, consegue uma arma e junta-se aos guerrilheiros enlameados da Bielorrússia na resistência às forças nazistas de invasão. Por ser um novato, é deixado para trás na primeira missão, ficando no acampamento da floresta para testemunhar a destruição de sua aldeia natal e a morte de seus amigos e familiares. Volta a encontrar os guerrilheiros mas logo se vê em meio a outro massacre efetuado pelos soldados alemães, narrado com uma desconfortante violência. Em sua trajetória de perda da inocência Florya é acompanhado pela garota Glacha (Olga Mironova), que tampouco consegue passar impune pelos desastrosos acontecimentos.

Crítica:

Você pode ser um cinéfilo experiente e acreditar que já viu de tudo, dentro do gênero “filme de guerra”. Pois não viu. Pelo menos até encarar de frente a obra-prima russa “Vá e Veja” (Idi i Smotri, URSS, 1985). Relato duro, seco e impassível do ataque nazista à União Soviética, em 1943, o longa-metragem transpõe para celulóide as terríveis memórias de infância do cineasta bielo-russo Elem Klimov, que sentiu na pele a violência da guerra. Graças a uma ousada tour-de-force de edição de som e operação de câmera, Klimov foi capaz de alcançar e manter, do início ao fim do espetáculo cinematográfico, um impressionante rigor formal, mesclado com altíssimo nível de emoção. Ele produziu, assim, um dos espetáculos mais brutais e desconcertantes já exibidos em uma tela de cinema. É um filme que atinge o espectador direto no estômago, com a força de um soco. Um filme que desorienta.
De fato, “Vá e Veja” é uma daquelas obras de arte (igualmente visual e sonora) para as quais palavras parecem frágeis, até mesmo desimportantes. Descrever e analisar os inúmeros méritos técnicos e cinematográficos alcançados por Klimov são atos necessários, mas insuficientes para traduzir o enorme impacto emocional causado pelo longa-metragem. Antes de tudo, é fundamental ressaltar que o diretor soviético vai muito mais longe do que simplesmente ligar a câmera e filmar atrocidades com boas condições de iluminação. Ele utiliza toda uma variedade de ferramentas e técnicas cinematográficas, sempre ousadas e sofisticadas, para imprimir à obra uma qualidade sensorial muito rara. Neste filme, o espectador não apenas assiste a cenas de violência gráfica. Ele é chamado a cheirar, ouvir e sentir, com o coração, a brutalidade insana da guerra. Ao final do espetáculo, a platéia terá comungado, com o personagem principal, da descoberta física e espiritual de um horror que jamais imaginava existir.
Antes de morrer, em 2003, Elem Klimov explicou que o objetivo de “Vá e Veja” não era contar uma história, mas mergulhar nas memórias de infância e tentar comunicar à platéia a assombrosa confusão de sentimentos – pânico, fúria, tristeza, medo, horror – que experimentou, enquanto a família tentava escapar da ofensiva alemã na Bielo-Rússia (país a oeste da Rússia), em 1941. O objetivo, ambicioso para qualquer criador, foi plenamente alcançado. De fato, Klimov não se preocupa em contar uma história. Pelo menos não da maneira clássica, com começo, meio e fim, em que o protagonista atravessa uma jornada de dificuldades e sai transformado. A câmera de Klimov, ao mesmo tempo brutal e elegante, rústica e sofisticada, apenas acompanha as experiências vividas pelo jovem camponês Florya (Alexei Kravchenko), em um par de dias, na fase mais crítica da invasão nazista à região.

COMENTÁRIO DE VANDERLEI, CINÉFILO CONVIDADO DO BLOG:

Muito feliz a crítica desta obra-prima do cinema russo, parcialmente postada aqui no BLOG.
Vale mesmo a pena ler a integra no site da distribuidora Lume (http://www.lumefilmes.com.br/index.php?pg=show_imprensa&id=58),antes de ver o filme, como se fora um "aperitivo", antecedendo a degustação do prato principal.

O filme É TUDO ISSO e muito mais. 

BY VANDERLEI

Elenco:

Alexei Kravchenko
Olga Mironova
Liubomiras Laucevicius
Vladas Bagdonas
J. Lumiste
Victor Lorents
K. Rebetsky
E. Tilicheyev
A. Berda

Informações Técnicas:

Direção: Elem Klimov.
Roteiro: Ales Adamovich.
Música: Oleg Yanchenko.
Fotográfia: Aleksei Rodionov.
Edição: Valeriya Belova.
Produção: Belarusfilm e Mosfilm.
Figurino: Eleonora Semyonova.
Direção de Arte: Viktor Petrov.
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0091251/

Dados do Arquivo:

Formato: RMVB
Tamanho: 570mb.
Duração: 2:16
Áudio: Russo.
Legendas: Português

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This entry was posted on domingo, abril 18, 2010 and is filed under , , , , , , . You can leave a response and follow any responses to this entry through the Assinar: Postar comentários (Atom) .

1 SUA OPINIÃO É DE EXTREMA IMPORTANCIA.

Muito feliz a crítica desta obra-prima do cinema russo, parcialmente postada aqui no BLOG.
Vale mesmo a pena ler a integra no site da distribuidora Lume (http://www.lumefilmes.com.br/index.php?pg=show_imprensa&id=58),antes de ver o filme, como se fora um "aperitivo", antecedendo a degustação do prato principal.

O filme É TUDO ISSO e muito mais.

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