O ECLIPSE - L'ECLISSE - 1962 - DIREÇÃO MICHELANGELO ANTONIONI - ALAIN DELON & MONICA VITTI - RMVB LEGENDADO

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CINEMA ITALIANO / FRANCÊS
FILMOGRAFIA MICHELANGELO ANTONIONI
FESTIVAL ALAIN DELON
O ECLIPSE
L'ECLISSE
1962
DIREÇÃO MICHELANGELO ANTONIONI
ALAIN DELON
&
MONICA VITTI
RMVB LEGENDADO
BY SSRJ


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Sinopse:

Em “O Eclipse”, Vittoria (Monica Vitti) se apaixona por Piero (Alain Delon), um corretor da Bolsa de Valores, após brigar com o namorado, Riccardo (Francisco Rabal). Os dois viviam um relacionamento desgastado que termina logo na primeira cena do filme. Ela, no entanto, passa a viver com o ambicioso e determinado Piero uma relação na qual o tédio permanece. Piero representa no filme o homem moderno em sua vacuidade de espírito, enquanto Vittoria faz a mulher moderna volátil e indecisa.
Última parte da "trilogia da incomunicabilidade", do qual fazem parte os filmes “A Aventura” e “A Noite”, O Eclipse reúne a forma como Antonioni vê o mundo e assim o representa. O filme reafirma, sobretudo, o cansaço do amor como uma doença própria da sociedade moderna, já mostrado nas outras duas partes da trilogia. Ainda que tenham sido esses dois primeiros os que estabeleceram internacionalmente a linguagem, as regras estéticas e narrativas do diretor, é “O Eclipse” que funciona como a clarificação das idéias antes expostas.

Crítica:

O Eclipse é particularmente marcante em relação a uma característica presente em muitos filmes de Antonioni: a narrativa como uma espera pelo desfecho, uma jornada de fadiga dilatada justamente para que o final sobressaia em maior intensidade. O filme dá todos seus sinais de cansaço, pede pelo fim, e este por sua vez vem como, a um só tempo, justificativa e revisão de todo o resto. O Eclipse apresenta aquele tipo de desfecho arrebatador que Blow Up reprisaria em versão singela e Zabriskie Point e Profissão: Repórter fermentariam consideravelmente. O final de Zabriskie Point, pra dizer a verdade, pode ser visto como a versão psicodélica do eclipse de O Eclipse.
O que nutre as narrativas dos filmes de Antonioni é uma forma filtrada de mistério, talvez um mistério em estado puro. O Eclipse, exemplarmente, não pretende chegar ao segredo que há por trás da narrativa, pois esta é o próprio desenho desse segredo. O elemento secreto não está lá como ponto de chegada, mas sim como estrutura, como planta – no sentido arquitetônico: o desenho geométrico que precede a construção. No nível plástico, isso permite que Antonioni trabalhe o plano como um espaço vazio de sentidos a priori, uma superfície na qual ele pode livremente imprimir signos, mover peças, tratar personagens como manchas de tinta. No nível narrativo, isso significa que o diretor tem um plano traçado para seus personagens, embora eles não saibam. Podemos até suspeitar que o filme opera a dissolução simultânea de todos os mapas, geográficos e mentais, que estariam em sua base. Antonioni, contudo, não desvia de certas rotas preestabelecidas: continua valendo para os personagens de O Eclipse a mesma sina de desaparição e separação de A Aventura. Quando ameaçam desenvolver relações entre eles, os personagens somem na poeira, no vento, na noite, no eclipse.
Nos filmes de Antonioni, mesmo o desligamento narrativo mais radical nasce de um desabrigo subjetivo, uma sensação de perda de si totalmente colada às veleidades dos protagonistas. Essa sensação, quando identificada ao olho mecânico e impessoal da câmera, rende uma profunda neutralidade, quase um olhar de vigilância, tamanha a desafecção que veicula. A tarefa desse olhar é fazer uma minuciosa decupagem de espaços neutros, exatamente como na seqüência final de O Eclipse. A figura humana é aquilo que precisa sumir da frente da câmera, as pessoas evaporam em si mesmas, desaparecem como figura e se tornam descasos da matéria, transeuntes que estão no filme por acidente, corpos fugidios, comparáveis ao líquen e aos insetos, afogados na entropia do universo.

Elenco:

Alain Delon
Monica Vitti
Francisco Rabal
Louis Seigner
Rossana Rory.

Informações Técnicas:

Direção: Michelangelo Antonioni.
Roteiro: Michelangelo Antonioni.
Produção: Raymond Hakim, Robert Hakim.
Música: Giovanni Fusco.
Fotográfia: Gianni Di Venanzo.
Edição: Eraldo Da Roma.

Dados do Arquivo:

Formato: Rmvb.
Tamanho: 453 mb.
Duração: 2:10
Áudio: Italiano e Inglês.
Legendas: Português.


This entry was posted on terça-feira, março 16, 2010 and is filed under , , , , , , , , , , . You can leave a response and follow any responses to this entry through the Assinar: Postar comentários (Atom) .

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