CIDADE NUA - NAKED CITY - 1948 - DIREÇÃO JULES DASSIN - HOWARD DUFF, DON TAYLOR, TED CORSIA - AVI LEGENDADO

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CINEMA USA
CIDADE NUA
NAKED CITY
1948
DIREÇÃO JULES DASSIN
HOWARD DUFF
DON TAYLOR
TED CORSIA
AVI LEGENDADO

POSTADO POR STIRNER

Sinopse:

Em Nova York, durante a madrugada, uma bela modelo de 26 anos, Jean Dexter,é brutalmente morta em seu apartamento e logo após um dos assassinos mata o cúmplice. No dia seguinte uma viúva de 42 anos, Martha Swenson, que faz serviços domésticos para Jean, acha horrorizada o corpo de sua patroa. Investigam o caso o veterano detetive Dan Muldoon (Barry Fitzgerald) e Jimmy Halloran (Do Taylor), seu dedicado mas inexperiente auxiliar. Frank Niles (Howard Duff) é chamado para depor e diz várias mentiras, mas tem álibi que o inocenta. Fica claro que ele está envolvido em algum golpe e sabia quem seriam os possíveis assassinos de Jean. Na caça ao criminoso pessoas são seguidas e espantosas verdades são reveladas, levando a polícia a fazer um obstinada investigação.

COMENTÁRIOS:

A segunda metade da década de 1940 viu surgir um estilo diferente de filmes policiais. Os cineastas noir buscavam inspiração no estilo visual sombrio do expressionismo alemão e o aplicavam às narrativas dos romances baratos produzidos às dúzias na época, obtendo um resultado muito estilizado. A reação a esse procedimento veio de uma vertente mais obscura, que perseguia o realismo a todo custo. “Cidade Nua” (Naked City, EUA, 1948), de Jules Dassin, talvez seja o filme mais conhecido deste subgênero, que tentava imprimir um tom semi-documental à história, concentrando a narrativa nos detalhes da investigação de um crime intrincado.

É importante ressaltar, contudo, que a fama de “Cidade Nua” não vem do filme em si, mas da série policial que ele inspirou, e que foi ao ar, na TV norte-americana, entre os anos de 1958 e 1963. Além disso, o cineasta Jules Dassin também ficou conhecido por razões extra-cinema, já que foi perseguido sob a acusação de comunismo e teve que se exilar na França, onde filmou o espetacular “Rififi”, já adotando uma perspectiva muito mais ficcional e estilizada, mais afeita ao padrão noir.

A história acompanha, passo a passo, dois detetives encarregados de investigar um crime complicado ocorrido em Nova York. Certa manhã, a descoberta do corpo de uma jovem e bela modelo desperta suspeitas nos investigadores Dan Muldoon (Barry Fitzgerald) e Jimmy Halloran (Don Taylor). Sem pistas aparentes, a dupla recolhe todos os objetos espalhados pelo apartamento da garota morta e começa a entrevistar todo mundo que ela conhecida: os pais, os parentes, os amigos, o médico da família, o vendedor da farmácia onde comprava remédios. É como procurar uma agulha em um palheiro – e no entanto, trata-se de uma investigação excitante.

Os primeiros minutos de projeção já deixam claro que “Cidade Nua” não é um filme comum. Os créditos não são exibidos em letreiros, como de costume, mas mencionados por um narrador que se identifica como o produtor Mark Hellinger. A estratégia é clara: a opção por radicalizar na introdução, assumindo que se trata de um filme, objetiva alertar o espectador para o fato de que “Cidade Nua” não tem nada de comum. O mérito maior do longa-metragem é enfocar os detalhes complexos e sutis dos bastidores de uma investigação policial, o que torna os tiras – aquela raça de super-homens que, no cinema, bebem litros de uísque e nunca ficam bêbados, e jamais são atingidos pelos tiros dos bandidos – mais humanos.

Na época, não eram muitos os filmes que mostravam os policiais em casa, fora da cena do crime ou da delegacia. “Cidade Nua” faz isso, enfatizando inclusive a falta de tempo que eles tinham para dedicar às famílias, problema com que os detetives eram obrigados a lidar. Dassin prova ser um diretor sensível ao mostrar que sabe os momentos adequados para inserir humor e agilidade na narrativa – a seqüência da velhinha que chega à delegacia dizendo saber quem matou a modelo é hilariante – e quando apostar na ação pura e simples.

Na forma de narrar, Dassin é direto, mostrando quase sempre a ação do mesmo ponto de vista dos policiais. Uma das exceções está na cena de abertura, quando o diretor prefere fazer a platéia saber mais que os detetives (nós conhecemos, desde o princípio, a identidade dos criminosos, embora não estejamos cientes dos elos entre vários personagens do filme). Dassin também quebra a regra no terço final, quando acompanhamos a perseguição derradeira a um dos assassinos em uma montagem paralela que mostra tanto as ações da polícia quanto as reações do acusado. O recurso é eficiente, pos aumenta a tensão.

“Cidade Nua” lembra um pouco o excepcional “M – O Vampiro de Düsseldorf”, de Fritz Lang, pelo ângulo quase jornalístico com que enfoca o trabalho policial. Curioso notar, aliás, que o próprio diretor germânico filmava em Hollywood na mesma época, mas optando por filmes mais estilizados. Dentro dos EUA, o longa-metragem possui uma semelhança evidente com “Demônio da Noite”, pequena produção do mesmo ano, que investia no mesmo filão semi-documental emergente. Ambos são ótimos filmes, que exerceriam uma influência notável em alguns dos melhores thrillers dos anos 1990, como “Seven” (1995) e “O Silêncio dos Inocentes” (1991).

Elenco:

Howard Duff - Frank Niles
Don Taylor - Detetive Jimmy Halloran
Ted de Corsia - Willie Garzah
Barry Fitzgerald - Detetive Dan Muldoon
Dorothy Hart - Ruth Morrison
Frank Conroy - Capitão Donahue
House Jameson - Dr. Stoneman
Adelaine Klein - Paula Batory
Grover Burgess - Sr. Batory
Tom Pedi - Detetive Perelli
Mark Hellinger - Narrador - voz
Anne Sargent - Sra. Halloran
Enid Markey - Edgar Hylton

Informações Técnicas:

Título original: Naked City, The
Gêneros: Policial, Noir, Drama
Duração: 116min
País de Produção: EUA
Ano de Lançamento: 1948
Direção: Jules Dassin
Roteiro: Albert Maltz, Grace Houston,
Malvin Wald, William H. Daniels

Dados do Arquivo:

Qualidade: DVDRip
Formato: AVI Legendado
Áudio: Inglês
P/B

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SENHA PARA DESCOMPACTAR: Anarquia

This entry was posted on sábado, maio 01, 2010 and is filed under , , , , , , , , . You can leave a response and follow any responses to this entry through the Assinar: Postar comentários (Atom) .

1 SUA OPINIÃO É DE EXTREMA IMPORTANCIA.

Parabéns pelo up, mais um clássico dos grandes mestres do terror.
Obrigado
César

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