WELCOME BACK, MR. McDONALD -RAJIO NO JIKAN - 1997 - DIREÇÃO KOKI MITANI - TOSHIAKI KARASAWA, KYOKA SUSUKI, MASAHIKO NIOSHIMURA - MKV LEGENDADO

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CINEMA JAPÃO | ORIENTE
WELCOME BACK, MR. McDONALD
RAJIO NO JIKAN
1997
DIREÇÃO KOKI MITANI
TOSHIAKI KARASAWA
KYOKA SUSUKI
MASAHIKO NIOSHIMURA
MKV LEGENDADO
BY SSRJ


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Sinopse:

Dona de casa vence concurso de novelas radiofônicas. Famosos atores são escalados para interpretar a peça, que passa por incríveis e sucessivas alterações de roteiro, descaraterizando-a por completo. O filme satiriza o egocentrismo e a vaidade, tão comuns no meio artístico, bem como o poder dos anunciantes sobre o conteúdo produzido pelos meios de comunicação.

Resenha by Mariana Zanini:

Apesar de Cinema não ser exatamente o foco dos meus textos, desta vez serei obrigada a fazer uma concessão, mas é por uma ótima causa. Culpa de Koki Mitane, diretor e roteirista do hilário longa-metragem japonês Bem Vindo, Mr. McDonald, ou, no original, Radio No Jikan.
É sabido que, no Brasil, ainda há uma certa recusa em assistir filmes produzidos fora do eixo hollywoodiano – além, é claro, do “jabá” cinematográfico presente na grande indústria da tela grande. Talvez por isso produções tão interessantes como esta fujam dos olhos do grande público, ficando restritas às mostras independentes. Mas para quem anda precisando de alguns minutos de muitas risadas, vale a pena procurar pelo filme de Mitane, que, para esse fim, cai como uma luva.
Bem Vindo, Mr. McDonald é de 1998 e se passa nos bastidores de uma emissora de rádio em Tóquio, na noite em que uma dona-de-casa (Miyako) terá seu roteiro dramatizado em uma telenovela. Para ela, é a grande chance de ter seu talento reconhecido, já que ganhara um concurso promovido pela própria rádio. Para os produtores do programa, no entanto, é apenas mais uma noite de trabalho.
Quando tudo parece perfeito para o início da transmissão, os atores começam a se rebelar, exigindo diversas mudanças no roteiro criado por Miyako. A protagonista, Ritsuko, imaginada por ela como uma moça tipicamente nipônica, transforma-se em Mary Jane, uma moderna advogada em Nova York. A partir daí, cada ator começa a dar palpites, desfigurando completamente a novela, para o desespero da autora e principalmente do produtor, Sr. Ushijima.
Todos esses contratempos tornam a história engraçada até doer os ossos. As mudanças improvisadas por capricho do elenco a poucos minutos do programa criam um roteiro maluco, totalmente sem sentido, mas por isso mesmo hilário. Afinal, não é todo dia que um rapaz se perde no espaço e de repente surge na praia com seu foguete cortando o céu. É verdade que, em um certo ponto do filme, há a impressão de que tudo pode acabar em um melodrama, mas nada que acabe com o ritmo e o clima sarrista da película.
Esse grande pastelão japonês é repleto de lugares-comuns das produções hollywoodianas: câmera lenta, closes rápidos e fechados, soluções absurdas, tudo numa atmosfera deliciosa de sátira, que faz muitas cenas beirarem o ridículo. É o outro lado da moeda que estampa também um Quentin Tarantino transbordando referências e paródias ao cinema oriental de artes marciais nos ótimos Kill Bill 1 e 2.
A própria metamorfose do roteiro transmitido na rádionovela deixa clara uma bela crítica ao american way of life. A “mensagem” que se pode tirar dali é que muitas vezes não vale a pena tentar se adaptar a um modo de vida de maneira forçada. Ou talvez seja só viagem minha.
Mas antes de se acomodar na poltrona tentando tirar alguma lição de moral de Bem Vindo, Mr. McDonald, prepare-se para se deparar com um senso de humor afiado e contagiante. Como bem disse meu professor, que foi o responsável por apresentar tal filme à minha turma: “Os japoneses podem ser conhecidos como muito frios, sisudos. Mas quando decidem fazer comédia, eles divertem como poucos”.
Este humor está presente na perfeita atuação de atores como Masahiko Nishimura e pela ótima participação de Ken Watanabe, respectivamente o Sr. Ushijima e o caminhoneiro ouvinte da rádio; nas cenas com o guardinha “sonoplasta”; nos clichês exagerados citados acima e, claro, no impagável sotaque oriental quando os personagens tentam falar inglês.
Quer saber onde entra o nome da lanchonete do M amarelo no meio disso tudo? Procure por esse filme na locadora não tão próxima de você, acomode-se no sofá e prepare sua pipoca. Com shoyu, por favor.

Premiações:

Foi muito popular no Japão após seu lançamento e ganhou 17 "Japanese Academy Awards", entre eles o de Melhor Roteiro, Melhor Som, Melhor Ator (Karasawa Toshiaki), Melhor Atriz (Kyoka Suzuki), Melhor Ator Coadjuvante (Nishimura Masahiko), Melhor Fotografia, Melhor Diretor, Edição, Melhor Filme, Melhor Iluminação e Melhor Atriz Coadjuvante (Keiko Toda).

Elenco:

Toshiaki Karasawa
Kyoka Suzuki
Masahiko Nishimura
Keiko Toda
Jun Inoue
Toshiyuki Hosokawa
Kaoru Okunuki
Zen Kajiwara
Moro Morooka
Yoshimasa Kondo
Akira Fuse
Shunji Fujimura
Shirô Namiki
Hiromasa Taguchi
Yasukiyo Umeno
Takehiko Ono
Ken Watanabe
Kaori Momoi
Bsaku Satoh
Somegoro Ichikawa
Nobuko Miyamoto
Kumiko Endou


Informações Técnicas:

Título original: Rajio no jikan
Gênero: Comédia
Duração: 103 minutos


Dados do Arquivo:

Formato: MKV
Idioma: Japonês
Legendas: Português
Tamanho: 1,30GB
Servidor: Rapidshare

This entry was posted on segunda-feira, março 01, 2010 and is filed under , , , , , . You can leave a response and follow any responses to this entry through the Assinar: Postar comentários (Atom) .

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