BANDA À PARTE - BAND À PART - 1964 - DIREÇÃO JEAN-LUC GODARD - ANNA KARINA, CLAUDE BRASSEUR, JEAN-LUC GODARD , SAMI FREY - RMVB LEGENDADO

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CINEMA FRANCÊS

FILMOGRAFIA JEAN-LUC GODARD
BANDA À PARTE
BAND À PART
1964
DIREÇÃO JEAN-LUC GODARD
ANNA KARINA
CLAUDE BRASSEUR
JEAN-LUC GODARD
SAMI FREY
RMVB LEGENDADO
BY SSRJ


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Sinopse:

Este é o mais acessível filme do diretor, com sequências antológicas - o filme de Godard para quem não gosta de Godard -, mas não é por isso que deixa de ser uma das suas melhores pérolas. Nele, Godard mantém de forma simples e eficaz as suas principais características e da nouvelle vague - levando a experimentação ao extremo apenas num momento: a mítica cena do (literal) minuto de silêncio, que influenciou a cena do don't be so square de Uma Thurman em Pulp Fiction, ou desconstruindo a linearidade narrativa com o recurso a um narrador onipresente. Band à Part é um heist movie de baixo-orçamento reinventado - ou pensavam que Cães de Aluguel tinha sido o primeiro? Nele desenha-se um triângulo amoroso, cúmplice. Indiscutivelmente: obra de arte no sentido mais amplo da palavra.

Crítica:

Certa vez, a crítica de cinema Amy Taubin, da lendária revista semanal nova-iorquina Village Voice, escreveu que “Banda à Parte” (Bande à Part, França, 1964) era “um filme de Godard indicado para pessoas que não gostam de Godard”. É difícil pensar em uma expressão que defina melhor o longa-metragem, um dos mais obscuros trabalhos da fase mais celebrada do autor francês. Por ter sido filmado a toque de caixa, durante um período curto de 25 dias, e espremido entre produções de dois projetos bem mais caros, elaborados e ambiciosos do diretor, “Banda à Parte” exala frescor e despretensão, duas características normalmente ausentes dos trabalhos assinados por Godard, sem abandonar o aspecto experimental. O resultado é um mix perfeito entre ousadia e simplicidade narrativa.
Em “Banda à Parte”, Godard aprofunda a idéia de maneira mais bem-humorada, abandonando as brincadeiras com as imagens e rompendo o conceito de realismo através da edição de som – daí as experiências parecerem menos radicais e invasivas. Ele envia piscadelas ocasionais em direção ao público, lembrando-o (com um sorriso no canto da boca) sobre o caráter ficcional da narrativa. A cena mais lembrada do filme é um exemplo. Ela ocorre quando os três personagens principais – dois rapazes e uma moça que flertam entre si, num triângulo amoroso semelhante ao filmado por Truffaut em “Jules e Jim” (1962).
Na parte narrativa, sobressai o comportamento hedonista dos três personagens principais. O hedonismo era uma característica marcante da juventude dos anos 1960, que Godard conseguiu mapear melhor do que qualquer outro diretor. Detalhe importante é que o roteiro não mostra esse comportamento como algo negativo, mas ressalta seu aspecto político, de resistência cultural. Os jovens de Godard expressão total desilusão para com o modo de vida hegemônico. Eles planejam um roubo, mas não são ladrões profissionais. Não ligam a mínima para dinheiro. O roubo é muito mais uma tentativa de vivenciar emoções fortes para espantar o tédio da vida cotidiana (de quebra, eles conseguiriam também grana suficiente para poder aproveitar a vida, sem precisar fazer coisas chatas como trabalhar).
Além de tudo isso, o longa-metragem consegue capturar muito bem o universo vulgar das novelas pulp baratas, onde Godard ia buscar inspiração. Os figurinos (sobretudos cinzentos, chapéus), a ambientação cênica (bares cheios de fumaça) e os personagens de moral ambígua aproximam o trabalho aos amados filmes de gângsteres que o diretor francês tanto elogiou, quando era crítico da revista Cahiers du Cinèma. A história, certamente menos importante do que o estilo, enfoca a amizade de Odile (Anna Karina) com os dois rapazes, e mostra-os planejando roubar a residência onde a garota – que hesita, mas não desiste do plano – mora. A narração em off, sempre irônica, ainda chega a prometer uma continuação (“aventuras em technicolor no Brasil”) que nunca veio. Afinal de contas, Godard nunca cedeu aos apelos da indústria cinematográfica. Não seria neste filme que ele faria isso, certo?

Elenco:

Anna Karina
Claude Brasseur
Sami Frey
Louisa Colpeyn
Michel Delahaye
Danièle Girard
Jean-Luc Godard
Claude Makovski
Ernest Menzer
Georges Staquet.

Informações Técnicas:

Direção: Jean-Luc Godard.
Roteiro: Jean-Luc Godard.
Música: Michel Legrand.
Produção: Jean-Luc Godard.


Dados do Arquivo:

Formato: Rmvb.
Tamanho: 330 Mb.
Duração: 1:36
Áudio: Francês.
Legendas: Português - Br.


This entry was posted on sábado, janeiro 16, 2010 and is filed under , , , , , , , . You can leave a response and follow any responses to this entry through the Assinar: Postar comentários (Atom) .

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