MORANGOS SILVESTRES - SMULTRONSTÄLLET - 1957 - DIREÇÃO INGMAR BERGMAN - VICTOR SJÖSTRÖM, BIBI ANDERSSON, INGRID THULIN, GUNNAR BJÖRNSTRAND - RMVB LEGENDADO

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CINEMA SUÉCO
FILMOGRAFIA INGMAR BERGMAN


MORANGOS SILVESTRES
SMULTRONSTÄLLET
1957
DIREÇÃO INGMAR BERGMAN
VICTOR SJÖSTRÖM
BIBI ANDERSSON
INGRID THULIN
GUNNAR BJÖRNSTRAND
RMVB LEGENDADO
BY SSRJ


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Sinopse:

Um professor aposentado viaja de automóvel de Estocolmo até a universidade em que lecionou, a fim de receber um título honorífico. Durante a viagem, um pesadelo desencadeia uma série de associações mentais que o fazem recordar episódios de sua longa vida. Belo estudo da velhice e da compulsão do ser humano para as recordações. O filme não vale para quem quer só diversão: é esplêndido, mas sério e difícil. Destaca-se pelo excelente uso do flashback, ótima fotografia em preto-e-branco, direção muito criativa de Bergman e interpretação brilhante do antigo diretor Sjöstrom como o velho professor. Vencedor do Urso de Ouro em Berlim.

Crítica Por Rafael Ferraz

Para conhecer Bergman, nada melhor que ''Morangos Silvestres'', uma obra mais acessível do cineasta sueco, que diminui as ambigüidades dos personagens para estudar o amor e a vida. Ainda em preto-e-branco, com cenas bucólicas, em sua maioria) e discussões que delineiam muito bem suas figuras, o filme é revestido de uma melancolia não-declarada, pintada por imagens do passado do protagonista.
O professor Isak Borg (Sjöström) tem uma vida confortável na capital, tranqüilo em seu escritório e contente por sua autodisciplina. Em seguida, recebe um honroso convite, no qual terá de ir até a pequena cidade de Lund para receber um prêmio. É o caminho para grandes recordações e sonhos esquisitos, mas reveladores. Até lá, ele dará de cara com muitas verdades e encontrará familiares de suma importância. Atualmente, quem nunca viu um filme em que o protagonista voltava às suas origens e refletia sobre seu modo de ser? Possivelmente, a inspiração (mesmo que indireta) tenha sido deste Bergman.
''Morangos Silvestres'' é um ''road movie'' com conteúdo e afirmações. Isak está velho, mas é só em seu sonho, no qual está numa rua onde os relógios não têm ponteiros, os cavalos perambulam numa carroça sem condutor e seu corpo está dentro de um caixão, que começará a ver os limites de sua velhice e de sua importância às pessoas que o cercam.
No caminho para Lund, o médico está com a nora Marianne (Thulin), que lhe alerta de seu egoísmo e futilidade, sob vestes de cordialidade e cavalheirismo. Ele se surpreende com a afirmação e, quando resolve contar sobre seu sonho, é impedido pela moça, sob a mesma alegação. A tal cena nos faz ficar de olho ainda mais no protagonista, que tem um filho parecido com ele (no qual está brigado com a esposa pelas mesmas qualidades). Mais para frente, encontram um casal briguento, dando margem à reflexões mais práticas.
A chegada na casa onde viveu seus primeiros anos é de grande nostalgia para Borg. De repente, voltamos algumas décadas, descobrindo que ele perdeu seu grande amor, Sara (Andersson), para seu irmão, enquanto estava colhendo morangos silvestres para a festa do tio surdo. Entramos no casarão, cheio de jovens (procriar era moda naquele tempo), comandados pelos mais velhos. A sala de jantar é grande e iluminada. Na sala ao lado, o vulto do professor aparece numa sala escura, num contraste triste de lembranças que não voltam mais.
O sentimento de fracassos passados que não podem ser resolvidos (só lembrados) é o assunto-chave do filme, que prefere focar basicamente no amor perdido. Ao mesmo tempo, Borg dá carona a uma outra Sara (feita novamente por Andersson), uma jovem alegre, intelectual e de sentimentos à tona. Ela está com o noivo e um amigo, por quem também nutre um sentimento. O espelho no passado é evidente. Cabe ao nosso personagem tirar o máximo proveito desta experiência para tentar exorcizar os fantasmas do passado. Da mesma maneira, temos um outro de seus pesadelos, dele sendo julgado pela bancada de medicina e descobrindo uma terrível verdade sobre seu fracassado casamento. Ainda neste caminho, o encontro com a debilitada e negativista mãe nos faz pensar como ele se portou aos traumas futuros.
Com uma ótima montagem, ''Morangos Silvestres'' alterna constantemente entre épocas, com flashbacks explicativos e viagens do diretor por meio dos sonhos do personagem. As passagens são sutis e os personagens, sinceros. Fica a vontade de querer desvendá-los ainda mais, mas Bergman já nos dá material suficiente para sua temática.
Falar que este filme é inesquecível soa tão clichê quanto a vida regrada a perfeições de Isak, antes de fazer a viagem, que não irá mudar sua vida, mas o fará pensar sobre as decisões tomadas em todo seu caminho até aqui. Ninguém é perfeito ou carece de pecados. Somos carne, sangue, ossos, humanos. Somos morangos silvestres, prestes a ser levados pelo vento ou à boca de alguém faminto. Ninguém está salvo do fim. Basta aproveitar, enquanto ainda estamos presos aos galhos da existência.

Elenco:

Victor Sjöstrom — Professor Isak Borg
Bibi Andersson — Sara
Ingrid Thulin — Marianne Borg
Gunnar Björnstrand — Evald Borg
Jullan Kindahl — Agda
Folke Sundquist— Anders
Björn Bjelfvenstam — Viktor

Informações Técnicas:

Diretor: Ingmar Bergman
Roteiro: Ingmar Bergman
Fotografia: Gunnar Fischer
Montagem: Oscar Rosander
Produtores: Allan Ekelund e Svensk Filmindustri

Dados do Arquivo:

Formato: RMVB
Áudio: Sueco
Legendas: Português (embutidas)
Duração: 1:31
Tamanho: 401 MB (05 partes)
Servidor: Rapidshare


This entry was posted on segunda-feira, dezembro 21, 2009 and is filed under , , , , , , , . You can leave a response and follow any responses to this entry through the Assinar: Postar comentários (Atom) .

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