CIDADE DOS SONHOS - MULHOLLAND DRIVE - 2001 - DIREÇÃO DAVID LYNCH - NAOMI WATTS, LAURA ELENA HARRING, JUSTIN THEROUX, ANN MILLER - RMVB LEGENDADO

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CINEMA USA
CIDADE DOS SONHOS
MULHOLLAND DRIVE
2001
DIREÇÃO DAVID LYNCH
NAOMI WATTS
LAURA ELENA HARRING
JUSTIN THEROUX
ANN MILLER
RMVB LEGENDADO
BY SSRJ


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Sinopse:

Nas avenidas de Los Angeles, verdade se mistura com ilusão. Em torno da indústria do Cinema, personagens vivem suas fantasias surrealistas, desejos e esperanças frustradas, como a ingênua Betty (Naomi Watts), que chega do Canadá para se tornar atriz. Ela cruza com Rita (Laura Harring), que acaba de sofrer um acidente e sequer se lembra do seu próprio nome. Betty tenta ajudá-la a descobrir quem é. Em outra parte de Los Angeles, o diretor de cinema Adam Kesher está sendo convencido por dois estranhos irmãos, com pinta de mafiosos, a contratar uma atriz específica para o seu filme. Outras figuras cruzam o caminho destes três: Coco (Ann Miller), um casal de velhos no aeroporto e um estranho homem na lanchonete Winlies. De repente, todos se transformam em personagens diferentes e as amigas Betty e Rita mergulham em uma trama de suspense e paixão.

Crítica -

Ao assistir a Cidade dos Sonhos, tem-se a impressão de que tudo ali já foi visto antes, no cinema do próprio David Lynch; referências a Twin Peaks, Veludo Azul, Coração Selvagem e Estrada Perdida aparecem a todo momento e com uma tal profusão que, à primeira vista, pode-se pensar que o cineasta não fez senão repetir-se, reciclar seus próprios temas sem sair do lugar. Mas uma segunda olhada pode nos mostrar que Lynch sabia bem o que estava a fazer e que, ainda que seu ponto de partida seja o diálogo com a sua própria obra, que esse diálogo não é nunca estático.
O filme como que se divide em duas partes - à maneira de Estrada Perdida: na primeira, a história da amnésica; na segunda, uma espécie de variação da primeira história, com as personagens em outros papéis. Em ambas, trata-se de um sonho. Mas não um sonho do tipo que pode ser explicado pela psicologia. Como sempre, em Lynch, os signos não fazem referência nunca a algo externo, mas existem em si, como signos, fundamentalmente; o sonho lynchiano não revela nenhum desejo oculto de personagem, não se baseia em experiência psicológica ou remete a algo fora de si mesmo. Mas aqui, ao contrário de Estrada Perdida – em que primeira e segunda parte, por se localizarem em uma mesma dimensão, não faziam nenhum sentido juntas – é a segunda parte que, alterando totalmente o sentido da primeira, põe em cena o destino do qual não se pode fugir, tema tão caro a Lynch
A segunda parte é o pesadelo da primeira e, ao mesmo tempo, a primeira parte, a fantasia da segunda. Mas nas duas há um ponto comum: o amor que Betty/Diane sente por Rita/Camilla, a acidentada da primeira parte. Ou seja, estamos sempre em território lynchiano, o terreno da paixão, terreno em que, não importa o que se faça, há que se sempre cumprir seu destino. A paixão aqui, leva até aquilo que os franceses chamam de effondrement, um tipo de afundamento, de desmoronamento.
Em determinado momento do filme, as duas amantes vão assistir a um espetáculo; nele, o mestre de cerimônias fala: "Não há orquestra. Não há orquestra. Está tudo gravado". Isso resume a intenção do diretor porque diz: está tudo gravado, tudo determinado já de antemão. Não importa o que se faça, há de se eternamente chegar ao mesmo lugar. Nesse sentido, o que importa é muito menos a conseqüência da ação do que ela, como percepção e experiência, em si. E se esse é o tema que vem perpassando todo trabalho de Lynch, ele aqui atinge, talvez, seu ponto mais alto: porque cada elemento do seu Cidade dos Sonhos converge univocamente para um lugar, o cinema.


Elenco:

Naomi Watts
Laura Elena Harring
Justin Theroux
Ann Miller
Robert Forster
Mark Pellegrino
Angelo Badalamenti
Melissa George.

Informações Técnicas:


Direção: David Lynch.
Roteiro: David Lynch.
Produção: Neal Edelstein, Joyce Eliason, Tony Krantz, Michael Polaire, Alain Sarde e Mary Sweeney.
Música: Angelo Badalamenti.
Fotográfia: Peter Deming.
Direção de Arte: Peter Jamison.
Figurino: Amy Stofsky.
Edição: Mary Sweeney.

Dados do Arquivo:

Formato: Rmvb.
Tamanho: 478 Mb.
Duração: 2:26
Áudio: Inglês.
Legendas: Português.


This entry was posted on terça-feira, dezembro 29, 2009 and is filed under , , , , , , , . You can leave a response and follow any responses to this entry through the Assinar: Postar comentários (Atom) .

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