PÉRFIDA - THE LITTLE FOXES - 1942 - DIREÇÃO WILLIAM WYLER - BETTE DAVIS, HERBERT MARSHALL, TERESA WRIGHT - RMVB LEGENDADO

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CINEMA USA
FILMOGRAFIA WILLIAM WYLER 
FESTIVAL BETTE DAVIS
PÉRFIDA
THE LITTLE FOXES
1942
DIREÇÃO WILLIAM WYLER
BETTE DAVIS
HERBERT MARSHALL
TERESA WRIGHT
RMVB LEGENDADO
BY SSRJ


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Sinopse:

O filme retrata a era pós-guerra da comunidade sulista norte-americana na virada do século XX onde nada é mais importante que o dinheiro e o poder para Regina Giddens (Bette Davis). Na tentativa de juntar seus igualmente impiedosos irmãos num plano óbvio para conseguir seu poder e glória, ela usa e abusa de sua ingênua filha, Alexandra Giddens (Teresa Wright) para trazer de volta seu marido, Horace Giddens (Hebert Marshal), o qual estava morando em Baltimore enquanto trata de um sério problema cardíaco. Quando ela não consegue convencer seu marido a lhe dar o dinheiro e vê seus planos indo por água a baixo, ela então coloca em prática uma trama sórdida e calculista.

Comentário:

Pérfida (The Little Foxes, 1942) é um filme adaptado da peça homônima de Lillian Hellman, a qual também escreveu o roteiro do filme. Este filme é o terceiro de três parcerias de enorme sucesso entre o diretor William Wyler e Bette Davis. Os outros dois filmes foram Jezebel (1938), o qual rendeu a Bette Davis o Oscar de Melhor atriz, e A Carta (The Letter, 1940), que rendeu a Bette sua quinta indicação ao Oscar de Melhor Atriz. Este filme não apenas é dirigido por um dos maiores diretores de sua geração, como também é considerado por muitos como um dos grandes filmes da história do cinema devido ao seu perfeccionismo técnico em diversos aspectos, a começar pelo seu roteiro baseado numa peça teatral de grande sucesso escrita por Lillian Hellman, uma das mais importantes escritoras responsáveis pela grande transição literária e política feminina na primeira metade do século XX. Isso sem falar da atuação brilhante de Bette Davis, que está bastante diferente dos papéis que representou antes e posteriormente a esse filme, é sua atuação em Pérfida é considerada de longe a melhor pela maioria dos fãs e críticos. A magnificência tanto do roteiro do filme quanto da peça teatral está não apenas na falta de discernimento das personagens alegoricas que representam a frieza e o desespero da alta sociedade na manutenção e ostentação do poder mas também no impacto da industrialização sulista norte-americana durante o período pós-guerra. O filme é marcado por diálogos impactantes em sequências memoráveis criadas com extrema habilidade por William Wyler e que definitivamente transformou Pérfida em um clássico do cinema e uma referência do - talvez - estilo 'noir'. O filme foi um grande sucesso e recebeu 9 indicações ao Oscar, embora não tenha levado nenhuma estatueta, sendo considerado, juntamente com Cidadão Kane (Citizen Kane, 1942) um dos grandes injustiçados daquele ano e da história da premiação. O filme, sem dúvida, é um importante histórico, trazendo embutido fatos importantíssimos da história política, social e do pensamento que fazem o cinema clássico ter a magia e sua importância artística e histórica que gradualmente foi diminuindo com o tempo.

Trivia:

-Na tentativa de recuperar as perdas pelo fracasso da estréia de Cidadão Kane, a RKO vendeu os ingressos de Cidadão Kane juntamente com os ingressos de Pérfida. A inteligente e desesperada atitude foi uma das razões que amenizou o total fracasso do filme de Orson Welles devido ao sucesso do filme de William Wyler, já que Bette Davis estava em alta popularidade na época.
-De acordo com Samuel Goldwyn Jr. (um dos presidentes da Metro Goldwyn Mayer), Jack L. Warner (um dos presidentes da Warner) deu o passe de Bette Davis para estrelar em Pérfida como parte do pagamento de dívidas de apostas em jogos que aconteciam entre os grandes chefes de estúdio da época (Jack L. Warner, Samuel Goldwyn Jr., Harry Cohn, Louis B. Mayer, Darryl F. Zanuck e Carl Laemmle). A quantia da dívida era estimada em US$300.000.
-Bette Davis nunca escondeu sua insatisfação por não ter recebido o Oscar pela sua atuação em Pérfida. Para Bette, ela deveria ter recebido os prêmios por Pérfida e A Malvada (All About Eve, 1950) e não por Perigosa (Dangerous, 1935) e Jezebel (1938). Sabe-se posteriormente também que, embora fosse unanimidade na Academia de que Bette Davis estava surpreendente por O Que Terá Acontecido a Baby Jane? (What Ever Happened To Baby Jane?, 1962), ela não recebeu o Oscar por esse filme porque os membros afirmaram que "o filme era do tipo que não merecia o devido reconhecimento que o Oscar poderia dar".
-Pérfida foi a quarta de cinco indicações ao Oscar de Melhor Atriz em cinco anos consecutivos que Bette Davis recebeu.
-O personagem David Hewitt (Richard Carlson) não existe no texto original da peça. O personagem foi adicionado ao roteiro adaptado para o filme com a finalidade de desenvolver um romance com a personagem Alexandra Giddens (Teresa Wright) e também em adicionar outro personagem masculino que atraísse a empatia do público além de Horace Giddens (Herbert marshall), único até então.
-A peça teatral teve estréia no Teatro Nacional de Nova York em 15 de Fevereiro de 1939 e sua temporada atingiu a marca de 410 apresentações. Até o ano de 2008 a peça teve outras 3 adaptações, estrelando, cada uma delas: Anne Bancroft (em 1967), Elizabeth Taylor (em 1981) e Stockard Channing (em 1997).
-Herbert Marshal havia perdido uma perna na Primeira Guerra Mundial. A cena em que Horace engatinha pela escada foi feita por um dublê. A troca entre o ator e o dublê ocorre na sequencia em que Horace desaparece por um instante logo depois de agarrar à cortina.
-Foi com esse filme que Bette Davis ganhou o estigma de 'má' que carrega até hoje, já que esse filme deixou evidente que 'ser má' não é apenas um fetiche cinematográfico, mas também um dom técnico sutil e apurado que compete a uma minoria.

Elenco:

Bette Davis (Regina Giddens)
Hebert Marshall (Horace Giddens)
Teresa Wright (Alexandra Giddens)
Richard Carlson (David Hewitt)
Dan Duryea (Leo Hubbard)
Partricia Collinge (Birdie Hubbard)
Charles Dingle (Ben Hubbard)
Carl Benton Reid (Oscar Hubbard)

Informações Técnicas:

Diretor: William Wyler
Roteiro: Lillian Hellman
Cenas e diálogos adicionais:
Arthur Kober
Dorothy Parker
Alan Campbell

Dados do Arquivo:

Formato: RMVB
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Duração: 115 min.
Tamanho: 369Mb
Partes: 2 (190Mb + 178Mb)


This entry was posted on domingo, novembro 01, 2009 and is filed under , , , , , , , , , . You can leave a response and follow any responses to this entry through the Assinar: Postar comentários (Atom) .

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